segunda-feira
As mídias pipocam noticias de violência e assassinatos todos os dias. O número de roubos, violência nas ruas e dentro de casa são assustadores. Em ambientes de trabalhos vemos colegas (e por vezes podemos nos ver) escondendo informações ou tendo outras atitudes competitivas para colocar o outro para trás. Traições de cônjuges, amigos ou sócios. Não é a primeira vez que abro um blog falando de tantas coisas ruins, mas é que eu quero introduzir um princípio que é a chave para qualquer convivência humana: a compaixão.
Vou mostrar o que entendo por compaixão. Essa palavra está explicada em um dos ensinamentos mais conhecidos (e menos aplicados) da história, encontrada na Bíblia no livro de Mateus Capítulo 7 Vers. 12 que diz.: "Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam(...)" (palavras de Jesus). Isso significa tratar o outro com mais amor, respeito, justiça, sinceridade, generosidade, e tudo o mais que você desejaria para você mesmo. Indo mais longe, é pensar também... “se eu estivesse no lugar daquela pessoa, o que eu desejaria para mim?”. Pense nisso sobre uma pessoa que está sofrendo ou passando alguma necessidade: “se eu estivesse naquela situação, o que eu gostaria que fosse feito a mim?”
Para mim, a humanidade perdeu (se é que já teve) a habilidade de se colocar no lugar de outras pessoas para tentar se sentir como elas. Quantas vezes temos feito isso? Temos parado as vezes para fazer esse exercício mental? Pois sugiro que pratiquemos mais disso. Quando ver ou lembrar de uma pessoa, tente se colocar “em imaginação” no lugar dela. Tente ver o que ela está vendo, imaginar o que ela está imaginando, sofrer o que ela está sofrendo. Quando a bíblia fala em amor ela diz : “Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram”(Romanos 12:15). Quem mais poderia chorar com o que chora senão aquele que se coloca no lugar dele e compartilha do mesmo sentimento?
Tenha o costume de fazer esse exercício mental. Como disse, quando sair de casa (ou em casa mesmo), no caminho do trabalho, ou no trabalho, nas compras ou em qualquer lugar, ao ver alguém, pare um instante e fite os olhos nele, observe-o, agora, de uma perspectiva diferente, imaginando-se em seu lugar, tentando projetar para onde ele vai, de onde veio, suas famílias, trabalho, suas dificuldades, alegrias, suas razões, necessidades, pelo que ele passou ou pode ter passado na vida... Imagine isso tudo como se pudesse ser você mesmo. Faça das pessoas ao seu redor mais do que simples figurantes de sua “vida corrida”. Dê a elas um significado único, um valor imensurável (assim como Deus faz com cada um) , e veja como o amor que você tem por aquela pessoa (mesmo que não seja uma pessoa próxima) vai pipocar dentro de você. Vai desaparecer qualquer julgamento e crítica de sua parte, e vai ser dado lugar à compaixão. Falo de experiência própria. Peça a Deus para ajudá-lo nisso. E enquanto estiver praticando esse “exercício da compaixão” não se esqueça de estar em constante oração. Se praticarmos sempre isso, um dia se tornará natural e seremos pessoas mais bondosas, dispostas a ajudar e indispostas a fazer qualquer mal.
Ah, se todo ser humano fizesse um pouco disso... Mas resta pelo menos a nós, cristãos, fazer a nossa parcela de transformação neste mundo, seguindo esses princípios bíblicos com fidelidades em nossas vidas.
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